quarta-feira, 3 de março de 2010

Meu fígado por um coração

Não dá pra não botar isso no blog...
Eu lutei e relutei, mas não tem como.
A vc que lê essas cada vez mais raras palavras, fica desde já meu pedido de desculpas, mas esse texto é mais pra mim do que pra vc. Uma forma bizarra de organizar meus pensamentos de forma publicável e, de algum jeito, definitiva.

É mais um namoro que acaba. É mais uma briga com a mãe. É mais uma briga imensa com minhas entranhas que sistematicamente esconderam o que estava claro pra poder adiar o inevitável. E mais propostas chegam de São Paulo com gosto de liberdade e perigo. Só pra me fuder. Só pra me confundir. Eu deixei São Paulo e o que aquela cidade infectocontagiosa representa pra mudar de vida: passar num concurso, casar e cuidar da minha família.
E sabe o que eu descobri? Minha família não precisa de mim. Nunca precisou. Meu ex-futuro-marido não me ama, apesar de tanto esforço. Tanto meu quanto dele.

Então agora é passar num concurso. Querendo ou não. Mesmo que seja pra jogar tudo pra cima depois de passar. Pq alguma coisa tem que sobrar de toda essa frustração. Tem que ter algum resultado positivo, há de ter alguma coisa boa nisso tudo. Tenho a ligeira impressão que passar num concurso, por melhor que ele seja, ainda vai ser pouco pra tapar tanto buraco.

Mas esse amargo aqui dentro... é muita frustração. É muito esforço pra nada. Será que só eu pensei assim? Que tudo isso é, sim, um esforço? Que o que eu abri mão é, sim, minha vida de artista? E pq diabos mais alguém tem que pensar nisso a não ser eu...

Cansei. Mesmo. No pior dos sentidos. Cansei de tanta coisa que nem sei como escrever aqui. Cansei de ser eu, acho. E cansei de fingir que está tudo bem. E que vai ficar tudo bem. Não vai. Porque a a real é que as coisas não vão mudar pra melhor, por simples falta de retorno ou de espaço ou de condições reais da vida real. Vai ser tudo essa merda mesmo. E eu que me vire pra achar isso bom.