domingo, 27 de março de 2011

Como faz?

E agora?
Não sei viver de coração vazio...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Memo to me:

- Esquecer essa historia de ser alguém e só ser;
- Parar de querer ser útil, eficaz e eficiente em tudo. E só fazer o que tem que ser feito, no tempo e na velocidade que for possível;
- Resgatar o tal brilho no olho e alegria de viver em vez de me concentrar no que está dando errado;
- Parar de reclamar da vida e começar a fazer o que tem que ser feito pra que ela mude;
- Parar de pensar em casar qd não se encontrou uma pessoa que aceite caminhar do seu lado;
- Descobrir como fazer isso tudo aí...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Meu fígado por um coração

Não dá pra não botar isso no blog...
Eu lutei e relutei, mas não tem como.
A vc que lê essas cada vez mais raras palavras, fica desde já meu pedido de desculpas, mas esse texto é mais pra mim do que pra vc. Uma forma bizarra de organizar meus pensamentos de forma publicável e, de algum jeito, definitiva.

É mais um namoro que acaba. É mais uma briga com a mãe. É mais uma briga imensa com minhas entranhas que sistematicamente esconderam o que estava claro pra poder adiar o inevitável. E mais propostas chegam de São Paulo com gosto de liberdade e perigo. Só pra me fuder. Só pra me confundir. Eu deixei São Paulo e o que aquela cidade infectocontagiosa representa pra mudar de vida: passar num concurso, casar e cuidar da minha família.
E sabe o que eu descobri? Minha família não precisa de mim. Nunca precisou. Meu ex-futuro-marido não me ama, apesar de tanto esforço. Tanto meu quanto dele.

Então agora é passar num concurso. Querendo ou não. Mesmo que seja pra jogar tudo pra cima depois de passar. Pq alguma coisa tem que sobrar de toda essa frustração. Tem que ter algum resultado positivo, há de ter alguma coisa boa nisso tudo. Tenho a ligeira impressão que passar num concurso, por melhor que ele seja, ainda vai ser pouco pra tapar tanto buraco.

Mas esse amargo aqui dentro... é muita frustração. É muito esforço pra nada. Será que só eu pensei assim? Que tudo isso é, sim, um esforço? Que o que eu abri mão é, sim, minha vida de artista? E pq diabos mais alguém tem que pensar nisso a não ser eu...

Cansei. Mesmo. No pior dos sentidos. Cansei de tanta coisa que nem sei como escrever aqui. Cansei de ser eu, acho. E cansei de fingir que está tudo bem. E que vai ficar tudo bem. Não vai. Porque a a real é que as coisas não vão mudar pra melhor, por simples falta de retorno ou de espaço ou de condições reais da vida real. Vai ser tudo essa merda mesmo. E eu que me vire pra achar isso bom.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ressaca

Quando recebi um email com esse texto, há uns 10 anos atrás, eu não sabia o que era ressaca.
Agora faz todo sentido!!! ahahahahahaha

SOMENTE QUEM FOI BOÊMIO ENTENDERÁ A MAGNITUDE...........

Hoje, existem pílulas milagrosas, mas eu ainda sou do tempo das grandes ressacas. As bebedeiras de antigamente eram mais dignas, porque você as tomava sabendo que no dia seguinte estaria no inferno. Além de saúde era preciso coragem.

As novas gerações não conhecem ressaca, o que talvez explique a falência dos velhos valores. A ressaca era a prova de que a retribuição divina existe e que nenhum prazer ficaria sem castigo. Cada porre era um desafio ao céu e as suas fúrias. E elas vinham: Náusea, Azia, Dor de Cabeça, Dúvidas Existenciais, golfadas.

Hoje, as bebedeiras não tem a mesma grandeza. São inconseqüentes, literalmente. Não é que eu fosse um bêbado, mas me lembro de todos os sábados de minha adolescência como uma luta desigual entre a cuba-libre e o meu instinto de auto preservação. A cuba-libre ganhava sempre.

Já dos domingos me lembro muito pouco, salvo a tontura e o desejo de morte. Jurava que nunca mais ia beber, mas, antes dos trinta, "nunca mais" dura pouco. Ou então o próximo sábado custava tanto a chegar que parecia mesmo uma eternidade. Não sei o que a cuba-libre fez com meu organismo, mas até hoje quando vejo uma garrafa de rum os dedos do meu pé encolhem.

Tentava-se de tudo para evitar a ressaca. Eu preferia um Alka-Seltzer e duas aspirinas antes de dormir. Mas no estado em que chegava, nem sempre conseguia completar a operação. As vezes dissolvia as aspirinas num copo de água, engolia o Alka-Seltzer e ia borbulhando para a cama, quando encontrava a cama. Mas os métodos variavam.

Por exemplo:
· Um cálice de azeite antes de começar a beber - O estômago se revoltava, você ficava doente e desistia de beber.

· Tomar um copo de água entre cada copo de bebida - O difícil era manter a regularidade. A certa altura, você começava a misturar a água com a bebida,e em proporções cada vez menores. Depois, passava a pedir um copo de outra bebida entre cada copo de bebida.

· Suco de tomate, limão, molho inglês, sal e pimenta ? Para ser tomado no dia seguinte, de jejum. Adicionando vodka ficava um bloody-mary, mas isto era para mais tarde um pouco.

· Sumo de uma batata, sementes de girassol e folhas de gelatina verde dissolvidas em querosene - Misturava-se tudo num prato pires forrado com velhos cartões do sabonete Eucalol. Embebia-se um algodão na testa e deitava-se com os pés na direção da ilha de Páscoa. Ficava-se imóvel durante três dias, no fim dos quais o tempo já teria curado a ressaca de qualquer maneira.

· Uma cerveja bem gelada na hora de acordar - Por alguma razão o método mais popular.

· Canja - Acreditava-se que uma boa canja de galinha de madrugada resolveria qualquer problema. Era preciso especificar que a canja era para tomar, no entanto. Muitos mergulhavam o rosto no prato e tinham de ser socorridos as pressas antes do afogamento.


Minha experiência maior era com a cuba-libre, mas conheço outros tipos de ressaca, pelo menos de ouvir falar:
· Você sabia que o uísque escocês que tomara na noite anterior era Paraguaio quando acordava se sentindo como uma harpa guarani. Quando a bebedeira com uísque falsificado era muito grande, você acordava se sentindo como uma harpa guarani e no depósito de instrumentos da boate Catito's em Assunção.

· A pior ressaca era de gim. Na manhã seguinte, você não conseguia abrir os dois olhos ao mesmo tempo. Abria um e quando abria o outro, o primeiro se fechava. Ficava com o ouvido tão aguçado que ouvia ate os sinos da catedral de São Pedro, em Roma.

· Ressaca de martini doce (essa foi a minha primeira): você ia se levantar da cama e escorria para o chão como óleo. Pior e que você chamava a sua mãe, ela entrava correndo no quarto, escorregava em você e deslocava a bacia.

· Ressaca de vinho (essa eu já perdi as contas). Pior era a sede. Você se arrastava ate a cozinha tentava alcançar a garrafa de água e puxava todo o conteúdo a geladeira em cima de você. Era descoberto na manhã seguinte imobilizado por hortigranjeiros e laticínios e mastigando um chuchu para alcançar a umidade. Era deserdado na hora.

· Ressaca de cachaça (essa então, é melhor eu nem comentar). Você acordava sem saber como, de pé num canto do quarto. Levava meia hora para chegar até a cama porque se esquecera como se caminhava: era pé ante pé ou mão ante mão? Quando conseguia se deitar, tinha a sensação que deixara as duas orelhas e uma clavícula no canto. Olhava para cima e via que aquela mancha com uma forma vagamente humana no teto que finalmente se definira: era o Peter Pan e estava piscando para você.

· Ressaca de licor de ovos. Um dos poucos casos em que a lei brasileira permite a eutanásia.

· Ressaca de conhaque. Você acordava lúcido. Tinha, de repente, resposta para todos os enigmas do universo. A chave de tudo estava no seu cérebro. Devia ser por isso que aqueles homenzinhos estavam tentando arrombar a sua caixa craniana. Você sabia que era alucinação, mas por via das dúvidas, quando ouvia falar em dinamite, saltava da cama ligeiro.


Hoje não existe mais isto. As pessoas bebem, bebem e não acontece nada. No dia seguinte estão saudáveis bem-dispostas e fazem até piadas a respeito. De vez em quando alguns dos nossos se encontram e se saúdam em silêncio. Somos como veteranos de velhas guerras lembrando os companheiros caídos e o nosso heroísmo anônimo. Estivemos no inferno e voltamos, inteiros. Um brinde.

Luís Fernando Veríssimo

domingo, 29 de março de 2009

Pobre tem que ser otimista!

Já parou pra pensar que vc pode estar no caminho errado?

Eu penso nisso direto... e tenho muito medo disso. Pq recomeçar é preciso... mas dá uma preguiiiiiiiiiiiiça..... Se eu tiver que escolher outra carreira, por exemplo, não faço a menor idéia do que pode ser. Mas, ainda nessa carreira e nessa vida, muita, muita, mas muuuuuuuuuita coisa tem que mudar.

Começando pelo que eu sou, o que eu deveria ser e o que eu não sou e não deveria ser.

A essas alturas do campeonato, eu esperava ser BEM SUCEDIDA. Todas aquelas coisas de prache: mãe, esposa, estrela... Mais centrada, mais calma, menos vícios, mais saúde, mais feliz.

E o jeito de fazer tudo isso era claro: muita coragem, determinação e muito coração!

Me deparei com situações que não gostaria de ter vivido. Essas coisas me fizeram mais forte, mais corajosa. E de coração vazio. As "desgraças" não me surpreendem, as conquistas não me satisfazem... Ganhei coragem... e perdi meu coração pelo caminho.

A fé abala mas não acaba. Pq a estrada não tá nem na metade. Tenho pensado muito em MERECIMENTO nesses últimos dias. Talvez eu ainda não tenha feito o que deveria, não me esforcei o suficiente, não batalhei o suficiente, não tenho o corpo suficiente nem a expressão suficiente. Tô me apegando à certeza de que ser uma PESSOA DO BEM um dia vai compensar, como um bônus pra todo o resto!

Pq eu to começando a acreditar que coragem e determinação não dão conta sem o coração. A coragem de acordar e tentar fazer acontecer todos os dias e a determinação de continuar depois de tantos "nãos" ficam realmente abalados se o coração está vazio. E só esperança não basta pra preencher.

Esse vazio que eu ainda não entendi (e talvez nunca entenda) é ou resulta no que eu mais odeio:
eu me tornei uma pessoa morna. Sem graça. Apagada.

Cadê aquele monstro que existia aqui? Cadê aquele tal brilho? Cadê a paixão em cada coisa?
Cadê, eu, gente? Aquela eu que eu era ou aquela que eu nasci pra ser?

Tô procurando. Acho que estou perto.

Não tenho muitas certezas. Mas não tenho muitos problemas.
Não tenho muitos planos. Mas tenho grandes sonhos!!!

Como já diria minha sábia irmã, "pobre tem que ser otimista!". Então... vamos caminhando. Nem muito rápido nem muito lento, nem muito alto nem muito baixo, nem tanto ao céu nem tanto à Terra, nem oito nem oitenta, nem deprimida nem eufórica, nem gorda nem magra, nem gelada nem fervendo: morna, no melhor sentido. Rumo ao meio termo. Ao centro. Ao equilíbrio da balança. Á tal felicidade!!!




"Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não,
creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou."
(Com licença poética - Adélia Prado)


segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Eu quero é ser Oléria!!!!!!!!!!!




Ela chega no palco como quem não quer nada.


Quase tímida. Pega o violão, se posiciona na frente do microfone... e aí, colega, a casa cai!


É uma mistura de vigor, presença, energia, invasão, doçura, sorriso, certeza...


Quem já assistiu Ellen Oléria sabe do que eu estou falando.


Deixa qualquer um boquiaberto. Você pode até não gostar, mas o talento é incontestável.


Assim como é incontestável meu fascínio por essa criatura. Quem me conhece sabe como eu sou chata, exigente, cricri.


A Ellen me deixa muda. E sem respirar por vários segundos.





Quando ela canta Zumbi, eu quero ser preta como ela.


Quando ela canta Não lugar, eu quero ter sofrido como ela.

Quando ela canta Mandala, eu me arrepio.

Quando ela canta Natural Luz, eu choro.


Quando ela faz rap, eu quero morrer!!!


Quero ser "olheira" de alguma gravadora, alguma produtora musical pica-das-galáxias, só pra ter o gosto de apresentá-la pro mundo todo.





E penso sincera(e rápida)mente em parar de cantar.


Não porque me comparo, sei dos meus valores e das minhas limitações.


Mas porque me sinto plenamente representada ali naquela voz e naquele violão.


No swing, na história de luta, na desenvoltura no palco, na curtição de estar fazendo o que gosta.





E a mocinha tá só no começo da história. Como ela mesma diz, "tá ficando bom, mas vai ficar melhor"!!! E eu vou estar cantando junto, vendo a "poeira vermelha" levantar, engrossando o coro do "eu quero ver", gritando "Aleluia" até onde a garganta aguenta, sentindo o tal "basalto que emana" dos poros dela e sempre aprendendo com esse furacão de talento.





E eu só quero ver quando Ellen Oléria chegar!!!!!!!!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Dezembros

Final de ano tem sempre uma nostalgia unbelieveland...

As luzes de Natal por si só já me fazem parar pra pensar. Pelo menos no gasto excessivo de energia...

E, querendo ou não, é um encerramento de ciclo. É um momento de avaliação, de ver o que deu certo, o que faltou fazer, lembrar das promessas de ano novo e ver quais foram cumpridas, pensar no que foi feito de bom e de ruim, o quanto se melhorou ou piorou.

É o mês das retrospectivas e especiais de Natal.

É o mês de começar a se preocupar com o ano seguinte.

Pra mim, dezembros são meses nostálgicos, tristes, independente do que tenha acontecido no ano... pra mim, o sentimento de perda é sempre maior do que a alegria das conquistas. Será que um dia isso muda?


Retrospectiva 2008:
Janeiro
- Reveillon na casa da mamãe. Não me lembro de muita coisa... hehehehehe
- Curso de verão

Fevereiro
- Meu aniversário. Conheci o Judah, o Marra e o Beto. O Teco deu pt. Fui dormir as 15h... Nota para mim: "nunca mais dê festas em sua própria casa. Vc não pode ir embora."
- Me apaixonei

Março
- Consulado do Som
- Preparação para o show de lançamento do meu CD

Abril
- Seleção para o Poeta e as Andorinhas
- Meu CD Japonêga ficou pronto!
- Processo contra a produção do Aída

Maio
- Lançamento do CD Japonêga
- Começo dos ensaios O Poeta e as Andorinhas

Junho
- Ensaios. Ensaios. Ensaios
- Programa Talentos na TV Câmara
- Volta Lado B no Teatro Folha

Julho
- Ensaios no palco do Teatro Imprensa
- Mais ensaios

Agosto
- Estréia O Poeta e as Andorinhas
- Audição para banda Beat Vox
- Começa a "mudança" para a casa nova: meu amor decide vir pra Sampa!

Setembro
- Primeiro show Beat Vox
- Primeiros problemas da Beat Vox

Outubro
- Casa nova!!!
- O Poeta e as Andorinhas indicada para o Prêmio Qualidade Brasil
- Broadway Brasil

Novembro
- Último mês de temporada
- Mudanças na Beat Vox
- Muito choro na última apresentação
- Muita esperança de voltar ano que vem

Dezembro
- Cantei o Hino Nacional pela primeira vez em uma solenidade
- Apresentação especial O Poeta e as Andorinhas no Guarujá
- Agenda cheia de shows Beat Vox


Agora estou em Brasília. Meio perdida na sensação de estar em casa. Me preparando pra mais um Reveillon na casa da mamãe. Me preparando pro ano que vem que, definitivamente, não vai ser fácil... Mas nunca é, não é mesmo?

Bring it on!!!!!!!!!!!!!!